Artigo traz resultados de mapeamento das condições de funcionamento, financiamento e gestão das rádios públicas brasileiras. Avalia impasses e oportunidades para sustentabilidade dessas emissoras frente aos desafios que se apresentam com a digitalização da transmissão e a convergência midiática. Observou-se que o setor está em processo de reorganização impulsionado pelas mudanças na forma de gestão no âmbito das rádios sob controle do governo federal. Foram identificados avanços no sentido de democratizar a gestão com a criação de conselhos consultivos e ouvidorias, além de renovação da programação em busca da diferenciação e diversidade de conteúdo.
No entanto, a questão financeira ainda é dramática: quase 70% dependem exclusivamente de recursos públicos para seu funcionamento. Preocupa o fato de que um terço dessas rádios ainda precisam trocar transmissores para se adaptarem à tecnologia digital quando a maioria não dispõe de recursos suficientes. A falta de investimento, planejamento e estratégia poderá condenar essas emissoras a exclusão do processo de migração digital se não forem estabelecidas políticas públicas para o setor.
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